segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Grelha de observação de imagens fixas


Contextualização da Atividade de Observação


Destinatários: alunos do 1º CEB.
Disciplina base: Estudo do Meio.
Tema: Transportes e Vias de Comunicação.

Objetivos da Observação:

  •          Motivação para o estudo do tema;
  •      Identificação de meios de transporte terrestres, aquáticos e aéreos;
  •     Sensibilização para a importância da literacia visual e aprimoramento do sentido estético;
  •     Promoção da interdisciplinaridade com as áreas de Português, Matemática e Expressões.


Método de Análise: Método Iconológico (adaptado)

Justificação da opção pedagógica: Tendo em conta os vários modelos de análise, a minha opção recaiu sobre o método iconológico por considerá-lo mais acessível para a faixa etária do público-alvo em questão.
Também foi levado em conta o nível cognitivo dos alunos a quem será apresentada a grelha de observação.
Um conjunto de especificidades, que caraterizam este nível de ensino, levou-me a criar uma grelha de registo onde fosse possível adaptar essa metodologia. Para tanto, escolhi algumas perguntas para incluir na grelha e servir de base à observação e reflexão por parte dos alunos.
A estratégia que irei seguir parte da observação da imagem, registo dos aspetos observados individualmente e plenário com a opinião de todos.
O trabalho seguinte será a exploração do quadro no âmbito da disciplina de Estudo do Meio, fazendo posteriormente a articulação com as demais disciplinas do currículo.



AS MONTANHAS MÁGICAS


                                                                     Peggy Burrows


 

Informações relativas à Imagem Observada
Nome da Imagem: As montanhas mágicas
Autor(a): Peggy Burrows
Ano de conclusão: 1968
Caraterísticas físicas: aquarela e têmpera





Leitura pré-iconográfica:

Preenche a tabela ao lado com os elementos que és capaz de observar na imagem.
O quadro é composto por habitações, um iglu, uma mina, automóveis, uma rulote, comboios, um navio, um barco à vela, um avião, um helicóptero, um teleférico, uma nave espacial, um tapete voador, um balão de ar quente, um trator, um riquixá, uma bicicleta, esquiadores, um paraquedista, patinadores, um menino a segurar um papagaio de papel, uma menina  a observar um balão, uma menina num baloiço, uma sereia, uma bruxa, uma baleia, um farol, pinguins, um cão, uma morsa, joaninhas, uma vaca, um casal de pombos, um pato, um cisne, um burro,  uma cegonha transportando um bebé, escaladores, um pescador, árvores, cogumelos, uma montanha coberta de erva e outra coberta de neve, a lua e as estrelas, uma bandeira.
Leitura iconográfica:

Porque será que a autora escolheu para o seu quadro o título “As montanhas mágicas”?
Como é que imaginas um lugar mágico?
O que achas que a autora pensou quando pintou aquele quadro?
Já viste algum local parecido com aquele?
Gostarias de viver lá?
Achas que a paisagem pintada representa algum lugar visitado pela autora do quadro?



Quem observa a imagem, tendo como referência o título da obra, consegue facilmente encontrar uma relação entre ambos e algum sentido, diante de tantos elementos aparentemente absurdos e sem sentido. Os vários elementos que compõem o quadro, moldados com traços simples e despretensiosos procuram transportar o observador para um lugar mágico onde tudo pode acontecer em simultâneo. Realidade e fantasia se misturam numa variedade de cores que conferem ao quadro um aspeto real e uma ideia de movimento intenso, apelando ao imaginário de cada um.
A maior parte dos elementos humanos, representados no quadro, são crianças, dando a ideia de que esse mundo fantasioso é-lhes endémico e são capazes de viver nele, contrariamente aos adultos que “não foram crianças” ou se esqueceram dessa fase da vida.
Alguns animais aparecem aos pares, conferindo leveza, ternura e equilíbrio e realçando a ideia de que ninguém é feliz sozinho.
A autora partilha um mundo de fantasia e um imaginário que vai ao encontro do imaginário infantil. Essa ligação poderá eventualmente acontecer porque a artista procura de alguma forma redescobrir a infância latente, e mais do que isso, provocar essa redescoberta no sujeito que tem contato com a obra.







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