Contextualização
da Atividade de Observação
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Destinatários: alunos do 1º CEB.
Disciplina base: Estudo do Meio.
Tema: Transportes e Vias de Comunicação.
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Objetivos da Observação:
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Método de Análise: Método
Iconológico (adaptado)
Justificação
da opção pedagógica:
Tendo em conta os vários modelos de análise, a minha opção recaiu sobre o
método iconológico por considerá-lo mais acessível para a faixa etária do
público-alvo em questão.
Também foi levado em conta o nível
cognitivo dos alunos a quem será apresentada a grelha de observação.
Um conjunto de especificidades, que
caraterizam este nível de ensino, levou-me a criar uma grelha de registo onde
fosse possível adaptar essa metodologia. Para tanto, escolhi algumas
perguntas para incluir na grelha e servir de base à observação e reflexão por
parte dos alunos.
A estratégia que irei seguir parte
da observação da imagem, registo dos aspetos observados individualmente e
plenário com a opinião de todos.
O trabalho seguinte será a
exploração do quadro no âmbito da disciplina de Estudo do Meio, fazendo
posteriormente a articulação com as demais disciplinas do currículo.
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AS MONTANHAS MÁGICAS
Peggy
Burrows
Informações relativas à
Imagem Observada
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Nome da Imagem: As montanhas mágicas
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Autor(a): Peggy Burrows
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Ano de conclusão: 1968
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Caraterísticas
físicas: aquarela e
têmpera
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Leitura
pré-iconográfica:
Preenche
a tabela ao lado com os elementos que és capaz de observar na imagem.
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O
quadro é composto por habitações, um iglu, uma mina, automóveis, uma rulote, comboios,
um navio, um barco à vela, um avião, um helicóptero, um teleférico, uma nave
espacial, um tapete voador, um balão de ar quente, um trator, um riquixá, uma
bicicleta, esquiadores, um paraquedista, patinadores, um menino a segurar um
papagaio de papel, uma menina a
observar um balão, uma menina num baloiço, uma sereia, uma bruxa, uma baleia,
um farol, pinguins, um cão, uma morsa, joaninhas, uma vaca, um casal de
pombos, um pato, um cisne, um burro,
uma cegonha transportando um bebé, escaladores, um pescador, árvores, cogumelos,
uma montanha coberta de erva e outra coberta de neve, a lua e as estrelas,
uma bandeira.
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Leitura iconográfica:
Porque
será que a autora escolheu para o seu quadro o título “As montanhas mágicas”?
Como
é que imaginas um lugar mágico?
O
que achas que a autora pensou quando pintou aquele quadro?
Já
viste algum local parecido com aquele?
Gostarias
de viver lá?
Achas
que a paisagem pintada representa algum lugar visitado pela autora do quadro?
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Quem
observa a imagem, tendo como referência o título da obra, consegue facilmente
encontrar uma relação entre ambos e algum sentido, diante de tantos elementos
aparentemente absurdos e sem sentido. Os vários elementos que compõem o
quadro, moldados com traços simples e despretensiosos procuram transportar o
observador para um lugar mágico onde tudo pode acontecer em simultâneo.
Realidade e fantasia se misturam numa variedade de cores que conferem ao
quadro um aspeto real e uma ideia de movimento intenso, apelando ao
imaginário de cada um.
A
maior parte dos elementos humanos, representados no quadro, são crianças,
dando a ideia de que esse mundo fantasioso é-lhes endémico e são capazes de
viver nele, contrariamente aos adultos que “não foram crianças” ou se
esqueceram dessa fase da vida.
Alguns
animais aparecem aos pares, conferindo leveza, ternura e equilíbrio e
realçando a ideia de que ninguém é feliz sozinho.
A
autora partilha um mundo de fantasia e um imaginário que vai ao encontro do
imaginário infantil. Essa ligação poderá eventualmente acontecer porque a
artista procura de alguma forma redescobrir a infância latente, e mais do que
isso, provocar essa redescoberta no sujeito que tem contato com a obra.
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