Depois de explorar os
vários documentos disponibilizados, considero que uma das mensagens a reter é a
de que as novas tecnologias não vieram substituir o professor ou o ensino, dito
tradicional. A complementaridade é a palavra-chave.
Toda a gama de
ferramentas que hoje é colocada à disposição dos utilizadores constitui mais um
recurso que, bem utilizado, poderá ajudar na construção do conhecimento
“partilhado”. A grande questão que nos é colocada tem a sua génese no tipo de
utilização que queremos ou podemos dar a esse manancial de recursos.
Fiquei convencida de que
o sucesso na utilização das TIC, na educação, fundamenta-se em questões
pedagógicas. A prática pedagógica deve ser repensada.
Não basta possuir os
meios tecnológicos, precisamos utilizá-los de forma inteligente. Há que traçar
objetivos de aprendizagem claros e exequíveis; definir competências que
desejamos que os nossos alunos adquiram; selecionar as ferramentas adequadas à
tarefa que pretendemos realizar.
Considero que o uso
das tecnologias na educação deve fazer parte de uma prática situada,
contextualizada e intencional. Quando se mudam as formas de aprender e ensinar,
o recurso à tecnologia nasce de uma necessidade.
Se continuamos na
“mesmice” das práticas obsoletas, corremos o risco de não ver qualquer
utilidade na utilização dos recursos disponíveis, ou por outra, continuamos a
fazer um mal uso das mesmas.
Há que trabalhar de
forma colaborativa e não ter medo de arriscar ou parecer menos capaz perante os
nossos alunos e colegas. Se houver insegurança, inicia-se a introdução das TIC com
tarefas mais simples ou seguindo exemplos de boas práticas. Os exemplos são
sempre úteis e pedagógicos, podemos aprender com eles e adaptá-los à nossa
realidade.
É certo que não há
receitas universais, fáceis e prontas a consumir. Cada qual deve descobrir a
forma mais útil, mais eficaz e mais feliz, para si e para os seus alunos, de
utilizar os meios que tem ao seu dispor.
As novas tecnologias,
para além de se constituírem num recurso atrativo e indispensável, são
ferramentas que acabam por ser utilizadas pela própria necessidade de dar
resposta aos desafios que vão surgindo no trabalho do dia-a-dia.
O desafio é criar
situações de aprendizagem em que os alunos se revejam e que o produto final
tenha significado prático, situações que "obriguem" a uma utilização
de várias ferramentas. É o aprender fazendo…
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